Minha amiga extraterrestre

Em 1999, fui a uma cidadezinha do interior de Goiás (sim, Alto Paraíso, claro), a convite do meu amigo Rogério Franco — sócio da editora que publicava a 89FM, a Revista do Rock de SP (e que atualmente publica a Lounge Magazine) — para entrevistar uma insólita banda de rock chamada Mocotó Jam. Um funcionário da Pousada do Mirante, que parecia conhecer a cidade inteira, nos levou até os sete figuras, que, aliás, moravam todos numa mesma casinha.

Logo no primeiro aposento — uma sala abarrotada de instrumentos — havia um quadro com a imagem de Jesus, o olhar sereno, direcionado para o futuro (isto é, à direita do observador). Rogério ficou surpreso: “Não entendi, vocês são metaleiros e têm uma imagem de Cristo na parede?!” E eles: “Claro, véio, o Cara é o Mestre do Universo”. Eu, que já habitava o planeta Urântia, matutei: “Estamos em casa…” e parti para a entrevista. A princípio, os caras se mostraram bastante reticentes, pareciam acostumados a ser tratados como malucos por adentrar em certos temas. De modo geral as letras da banda tratavam da tal “transição planetária”, essa suposta série de transformações pela qual, na verdade, não só a Terra, mas toda uma vasta região cósmica estaria passando. (Bom, tudo a ver com o Kali Yuga.) A intenção do Mocotó Jam, portanto, era “levar a consciência da mudança pra galera”.

Conforme o papo foi avançando — e eles percebendo que eu era tão doido quanto eles — as histórias foram surgindo: dois deles já haviam visto discos voadores; outros dois eram angolanos, filhos de um casal sanyasi refugiado, melhor dizendo, “oshianos”, que haviam se suicidado naquela mesma cidade; um já havia feito várias projeções astrais; o grupo costumava ir ao cerrado jogar RPG após tomar chá de cogumelo (alguns “Mestres” teriam se manifestado através do mestre do jogo); eram contra a “bundalização” da cultura; falavam do poder do sol e do Cristo; que o planeta só deveria ser dividido para fins futebolísticos; que os vizinhos não reclamavam dos ensaios, ao contrário, curtiam esses momentos, etc., etc. O mais engraçado é que o vocalista — aliás, excelente — não abriu a boca para dizer um A sequer, supostamente para economizar a voz. E claro, falaram de suas influências musicais: Led Zeppelin, Black Sabbat, Hendrix, Emerson Lake & Palmer, Doors, Iron Maiden e quejandos. Nem preciso dizer que a matéria ficou tão pirada que a edição final da “Revista do Rock” cortou 95% do texto e só soltou uma notinha sobre a banda. É minha sina.

Bom, quando saí de lá, com o Rogério e o funcionário da pousada, este me disse que apreciara muito a conversa, minhas colocações, e que ele, aliás, era pai-de-santo e queria me apresentar a uma pessoa que seria a mais importante dentre todas as que eu pudesse encontrar vida afora, muito mais que o presidente dos EUA, por exemplo. (Ah, na verdade é bem engraçado ficar lembrando do tom desses acontecimentos…) Claro que eu aceitei, ainda mais depois de ouvir o dado de que ela era praticamente um mito na cidade, muita gente acreditando tratar-se apenas de mais uma lenda da região. (A tchurma do centro-oeste obviamente já sabe de qual região se trata.) Marcamos o encontro na única padaria da cidade, aliás, propriedade da dita cuja e de seu marido, o padeiro. O engraçado é que ela, em 1999, tinha setenta anos de idade, o marido, vinte e quatro, o que, por si só, já é digno de nota. Fomos apresentados e ficamos a tecer leves comentários de caráter geral, já que eu, depois de conviver por dois anos com a Hilda Hilst, dificilmente me deslumbraria com qualquer outra… velhinha.

Mas a conversa foi do tempo para a política, da política para a espiritualidade, desta para a Grande Fraternidade Branca e, enfim, desta para o Comando Ashtar Sheran. Ela nunca jogava uma informação à mesa que não tivesse sido solicitada pelo interlocutor e, conforme percebi de suas conversas com os fregueses da padaria, ela só não confirmava ser a tal “lenda” simplesmente porque ninguém lhe interrogava a respeito. As pessoas entravam, falavam da chuva, ela falava de chuva. Falavam do pão, ela falava do pão. Às vezes, alguém, vendo-a como uma humilde e sábia padeira idosa, lhe pedia algum conselho pessoal. Ela, cheia de dedos, dizia algum ditado popular muito bem colocado e não passava disso. Quando lhe falhei a respeito me disse: “dê a cada um apenas aquilo que está pronto para ouvir”. Comentei pois com ela sobre um escritor, acho que o Colin Wilson, que dizia ser a coisa mais fácil do mundo passar por sábio, por guru, que bastava emitir olhares enigmáticos e profundos, sorrir na hora certa, ouvir mais do que falar e dizer profundidades óbvias com um ar de quem sabe das coisas. E ela, rindo: “É por isso que realizo melhor meu trabalho escondida numa padaria de cidade do interior. Os Mestres da Grande Fraternidade não se metem com grupos, não fazem prosélitos e muito menos se esforçam para impressionar os incautos. Nós vivemos do suor do nosso próprio rosto. E, quando eu preciso falar com algum político ou pessoa influente, me basta usar o telefone”, e, como exemplo, me contou sobre o conselho dado ao José de Paiva Neto da LBV, ainda em 1991, que, caso a tivesse ouvido, não teria incorrido na tal confa com as organizações Globo. Pois é, uma padeira do interior com altos contatos, alguns incríveis, do tipo que levaria um falador descomedido ao sanatório. Tenho até pudor de citar nomes.

Conversa vai, conversa vem, ela me perguntou sobre os garotos do Mocotó Jam, como estavam e tal. Disse que estavam bem e ela, dizendo que eram ótimos garotos, talentosos, fez apenas algumas ressalvas a certas atitudes deles, o que entendi como crítica aos tais rituais cogumelísticos e semelhantes. Na verdade, ela me fixou os olhos como que insinuando que eu ainda dava demasiada importância a tais experimentos. (Realmente, em minha aborrescência já havia participado de tais coisas.) Me falou sobre o perigo das drogas e do porquê de algumas pessoas terem se suicidado na cidade. Falou então de uma de suas patrulhas noturnas, de como certa madrugada encontrou, em projeção astral, o próprio Osho (Rajneesh) conduzindo um trem-elétrico astral, a tocar música eletrônica, atraindo seus seguidores e simpatizantes, que dormiam, para sua rave móvel. Ele, que, claro, já havia morrido, disse estar ali para buscar sua gente. Segundo consta, todos os que estavam na caçamba do carro, em projeção astral inconsciente, morreram nos meses que se seguiram, incluindo os pais dos angolanos. Osho efetivamente estava cumprindo o que prometera em um de seus livros: estava criando uma colônia no “quinto umbral” – mais conhecido como “quinto dos infernos” – onde pretendia implantar, à força de muita festa, “paz e amor”. Segundo ela, tudo não passaria de mais um ego tentando se sentir o deus de alguns desavisados.

Perguntei em seguida que história era essa de “patrulhas e alquimias noturnas” e ela me falou que pertence ao Comando Ashtar, ao Governo Oculto da Terra, que é uma “entrante”, a Mestra Pórtia, alma gêmea do Conde de Saint Germain, o alquimista que não envelhecia e conselheiro de várias cortes européias durante mais de um século. Num passado distante, ele fora José, pai terrestre de Jesus e ela, Rute, irmã do mesmo. Claro que ela não me disse tudo isso de uma vez – ela é escorregadia – mas ao custo de muitas e muitas perguntas, de muitas e muitas provas de confiança e discernimento. E eu, que me espanto com pouquíssima coisa, ia apenas dizendo “é mesmo? e que mais?”, aliás, o mesmo tipo de comportamento que tenho em qualquer entrevista. Se a pessoa é um-sete-um, mais cedo ou mais tarde se enforca com a corda que vamos dando. para ser sincero, desde 1999 que conversamos regularmente, ao telefone ou pessoalmente, e ela nunca se enforca. (Na verdade, costuma reclamar do meu excesso de curiosidade, já que, para ela, a única mensagem que importa é a que induz a uma postura moral e espiritual virtuosa.) Mas, enfim, virou minha amiga ET. Me fala das bases do Comando em Urano, dos “magos negros” atuantes (alguns em evidência na mídia), das batalhas contra as forças trevosas no umbral, do exílio forçado dos recalcitrantes (para seu próprio bem) e da efetiva “limpeza do inferno”, dos contatos do Governo Oculto com os governos de algumas nações, da relação dele com o grupo de Melquisedeque, da transição planetária, do Festival de Wezak no “plano cósmico”, do “reinado” de Saint Germain, de como ela o conheceu, do seu amor por ele e da “energia dos casais que se amam que move o mundo”, do EU SOU, das bases intraterrenas, da vida em outros planetas, da excelência do calendário Maya e da chatice de seus “apóstolos”, da evacuação por naves de populações em zonas de conflito isoladas (segundo ela já tem muito iraquiano num outro planeta) e mil viagens mais. A sensação é a de um RPG real. Como escritor, acho estimulante, profícuo. Eu sempre achei que mesmo o “realismo fantástico” deve ser retirado, de alguma forma, da realidade mesma. Eis uma prova. Rosa não ouvia “causos” de jagunços? Eu ouço de ETs. Droga, pena que não escrevo bem daquele jeito…

Na época das eleições, falávamos eu e ela, como qualquer um o faria, dos candidatos, uma conversa totalmente normal, corriqueira. Eu dizia que achava todos, sem exceção, umas boas porcarias. Ela me disse então que realmente não eram dos melhores e que, à reunião convocada pelo Governo Oculto da Terra, apenas o Ciro Gomes comparecera e, tendo ele aceito as propostas, era ele o candidato apoiado pela Grande Fraternidade Branca. Reunião?! Como assim reunião?! Onde?? No “plano cósmico”, respondeu, e me explicou como o convite foi feito enquanto dormiam, que o único a deixar o corpo e comparecer foi o Ciro, pois os demais estariam consociados a forças mais pesadas… Se o Ciro se lembrava do ocorrido? Dificilmente, mas isso era de pouca importância, o que valia era a disposição espiritual e a honestidade moral resultante. Além do candidato, estavam presentes o “Bem Amado Mestre Jesus”, ela e Saint Germain, sendo estes dois últimos os atuais responsáveis pelo tal Governo Oculto. (A jurisdição de Jesus, pelo que deu a entender, vai bem além desse mero planetinha. E só aí entendi por que seria mais interessante conhecê-la do que o Clinton. Poxa vida, ela é supostamente a padeira interiorana ET vice-presidente do planeta Terra. Legal, né não?)

E o que afinal essa figura tá fazendo no Buragiru? Por que o “ê povinho bunda” seria tão importante para essa turma? Bom, ela me disse que os Estados Unidos eram a antiga sede do Governo Oculto, o qual se situava mais exatamente em Royal Teton. Só que os americanos foram fazer um acordo com extraterrestres ligados aos trevosos e dançaram. A princípio, não acreditaram que os caras eram mal intencionados. Trocavam tecnologias por espaços para bases subterrâneas. Quando finalmente se tocaram, os neguinhos (ou “cinzinhas”, ahahaha) já estavam com tudo dominado. Saint Germain ficou griladíssimo, afinal, a América era praticamente criação dele que, através dos franco-maçons, estimulou a criação de uma nação paladina da liberdade e da fraternidade. A sede do Governo Oculto foi então deslocada para a Pátria do Evangelho, essa nossa Terra de Santa Cruz. Segundo ela, os americanos chegaram a explodir bombas atômicas sob seu solo para expulsar esses ETs sacanas. (O que, claro, causou um maior movimento de placas tectônicas e um maior número de terremotos.) Logo, desde 1986 a Grande Fraternidade, com o apoio do Comando Ashtar, estabeleceu uma patrulha (de naves) para proteger a Terra dessas invasões. Esses ETs não seriam exatamente do mal, mas dotados quase exclusivamente de razão, uma razão implacável, que não os impediu de abduzir milhares de terráqueos para utilizá-los como cobaias, já que não percebiam que somos todos irmãos, não importando de qual animal tenhamos evoluído. Desde então, graças a tudo isso, o atual centro do Governo Oculto se localiza, de certa forma, no centro deste paisinho, Brasil.

É sempre no meio de uma dessas conversas que me vem à lembrança a Fabiana Marques, minha ex-namorada psicóloga do Sarah Kubitchek que, certamente, ou daria muita risada ou me pediria para ficar internado, sob sua responsabilidade, por algum tempo. Em certo momento cheguei a pensar nos riscos que minha sanidade poderia correr em meio a esses papos, mas, como a própria Pórtia tantas vezes me lembra, tudo isso é bobagem, meros fatos cujos ecos apenas vislumbramos, e sobre os quais, para quem não pode com eles ter um contato direto, vale tanto encará-los como ficção quanto como realidade, afinal, só um trouxa entra numa onda sem saber exatamente onde está se metendo. E só há uma única Realidade que, após ser revelada, mostra-se autoprobante: a paternidade de Deus Pai. O resto é conversa fiada, não merece nossa preocupação. Que as coisas de maior importância fiquem a cargo dos que detém maior poder e humildade. Os demais, ou seja, eu e você somos fichinha.

Devo dizer que eu, no nosso primeiro encontro, quis saber como afinal ela veio parar na Terra. Segundo me explicou, veio cumprir a missão atual pela primeira vez em fins dos anos setenta. Sua nave simplesmente veio se adensando, ao se aproximar da Terra — já que é de uma outra qualidade de manifestação da matéria — e a largou por aqui. Disse que ficou hospedada na casa do apresentador Flávio Cavalcante, que era um iniciado da Grande Fraternidade Branca, e que se apresentou, incentivada por ele, na TV algumas vezes. Ia com seu uniforme espacial e aparentava ter vinte e seis anos terrestres. (Quem se lembrará disso?) Identificava-se como “Mariá” e era uma jovem muito bonita. Ela disse que foi notando, pouco a pouco, a perda da seriedade por parte do apresentador e sua crescente fome por ibope. Mais tarde a coisa piorou: a polícia começou a procurá-la, exigindo documentos, querendo que confessasse a farsa. Assim, os planos de informar os líderes natos do país sobre as intenções do Governo Oculto foram para as cucuias. Divulgar e vulgarizar podem ser sinônimos, pérolas aos porcos, aquelas coisas. E os responsáveis por sua missão, resgatando-a do eventual fracasso, resolveram adotar nova estratégia. Decidiram procurar uma mulher já madura, a vida em dia, realizada, de preferência aposentada, com os documentos em dia. Claro, essa mulher deveria possuir discernimento espiritual refinado, caridade no coração, desprendimento e vontade de colaborar. Essa mulher era uma espírita de Santa Catarina, mais de sessenta anos de idade, casada e com filhos. Numa bela noite, houve um blecaute em Florianópolis, provocado, é claro, e um disco voador, vindo do mar em direção à ilha, deixou dois tripulantes numa praia próxima à cidade. Ambos eram muito altos e se apresentaram, em seus uniformes prata, na residência da tal senhora. Ela os recebeu sem medo, mas com o coração aos pulos, sabia que era um encontro incomum. Eles lhe fizeram a oferta: ela cederia o próprio corpo para que uma outra pessoa pudesse utilizá-lo numa importante missão. Em troca, ela teria suas orações atendidas: seu espírito iria para esferas mais luminosas mais brevemente, sem qualquer atentado à lei da vida. Ela aceitou. Pórtia, nome real de Mariá, passou a conviver com essa mulher durante mais de um ano. Claro, era invisível aos olhos materiais, uma vez que voltara ao estado anterior de manisfestação da matéria. Para onde J. ia, Pórtia ia atrás. Assim, pôde conhecer todos os pormenores da vida que iria receber, tendo um primeiro contato com aqueles que viriam a ser sua família terrestre. Não podia receber o corpo e despertar numa manhã assim, sem saber quem era quem e bancar a maluca, a esclerosada, a amnésica. Um dia, J. recebeu a visita de uma médium vidente e esta, deslumbrada, lhe disse: “você sabia que há sempre um espírito de luz ao seu lado?” J. quis saber: “você então a está vendo? como ela é?” “Ela é linda”, respondeu a outra.

Chegado o momento, J. foi às proximidades de uma cidade chamada Salto del Uruguay, no próprio Uruguai, e, ali, efetivou a doação de seu corpo. Numa piscina, situada exatamente sobre o centro intraterreno de Aurora – centro este supostamente relacionado com a “chama violeta”, responsável pela inteligência e pelo poder sobre a matéria — J. mergulhou e, dali, saiu Pórtia, em carne e osso. Carne e osso doados por J., evidentemente. O processo foi necessário para adaptar seu corpo sutil àquele corpo denso tão diferente do seu. Agora era uma “entrante” (ou, segundo alguns, “intrante”). Conforme me contou, uma das primeiras coisas que fez, já em seu novo lar, foi despertar numa bela manhã, olhar pro lado e matutar: “por que é que eu vou continuar casada com esse sujeito que só quer me ver na cozinha? Eu não vim a esse planeta para fritar bifes, não sou a J. Além disso, ele é muito feio e chato”. E se separou do homem com quem J. estivera casada por mais de trinta anos. A família ficou de cara, aturdida. Antes mesmo do ocorrido sua “filha” a tinha encarado e exclamado: “quem é você? você não é minha mãe, não tem os olhos dela!” Mas Pórtia conquistou essa filha que, nessa cidade do centro do Brasil, vive até hoje com ela.

Mas como não é bom para o homem, e conseqüentemente, para a mulher, permanecer só — “questão de equilíbrio mental e energético” — Pórtia buscou novo companheiro, o qual encontrou em uma de suas inúmeras palestras, efetuadas discretamente, durante vários anos, Brasil afora. Conheceu o rapaz no Espírito Santo, um paranaense jovem e atraente, com ele se casando pouco depois. (Em sua casa há um porta-retrato super romântico do matrimônio, os dois pombinhos lá, juntinhos, felizes, ela de cabelos grisalhos, ele jovem e loiro.) Hoje, são ambos donos de uma padaria, na qual me sentei inúmeras vezes para bater um desses papos d’outro mundo.

Tenho muitas coisas para contar sobre nossas conversas, mas já me estendi demais. Se ela não fosse tão equilibrada, trabalhadora – é uma empresária com os pés no chão – tão tiazinha, gente boa, coqueta até, e “na dela”, Pórtia poderia estar em qualquer um desses hospícios que existiam por aí. Pouquíssimos levam essas conversas adiante com ela, pois já não dá mais palestras, diz que seu tempo já se esgotou e que só está aqui ainda para curtir uma prorrogaçãozinha. Não faz a menor questão de induzir seus interlocutores a uma auto-importância ridícula, por achar que “oh!, sou amigo da super-fulana de Urano”. (Veja o que ela me disse sobre a experiência do compositor Almeida Prado.) Apesar das conversas para lá de, digamos, anormais, ela é uma pessoa muito normal. Nunca me esqueço do dia em que, tendo visitado a Bianca em sua fazenda Maik Buz – a Bianca do caso internacionalmente famoso de abdução “Hermínio-Bianca” – indaguei à Pórtia: “Pórtia, estive com a Bianca, você a conhece?” E ela: “A Bianca do Karran?” Eu: “Essa mesmo. É verdade que esse Karran existe? Há mesmo esse tal ‘planeta Klermer’? Ele a visita mesmo em disco voador e em projeção astral?” Devo ter parecido empolgado demais em ouvir uma confirmação, achando, talvez, que ela diria tratar-se tudo aquilo de uma grande mentira. (Por incrível que pareça, ela adora desfazer mitos.) Mas me contestou: “Ah, é verdade sim, o Karran é desse planeta Klermer sim, o ‘Planeta Semente’. Mas quer saber? Essa organização deles, essas reuniões que fazem, fora do corpo ou não, não são senão um tipo de ONG interplanetária, não tendo tanta influência assim nos acontecimentos essenciais da Terra ou da Confederação Intergalática. Aliás, mesmo o Karran sendo Ministro no planeta dele – sabia, né? (eu não sabia) – agora ele só pode vir aqui, em sua nave, com a permissão da Grande Fraternidade Branca, coisa que no momento ele não tem mais, já que andou recolhendo, sem autorização, umas amostras de material genético humano para pesquisas em seu planeta. Eles são altos, bonitos e tal, mas são muito apáticos, sem sal. Achou que ia descobrir por que com essas pesquisas. O Karran é uma boa pessoa, mas não é isso tudo não. Já a Bianca é honesta, tem lá o trabalho dela”.

Carácoles! Isso é que é resposta. Com uma amiga dessas, quem é que precisa jogar RPG?
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AVISO: Gostaria de anunciar o passamento de Juracy (Pórtia), no início de Novembro de 2009, em Alto Paraíso de Goiás. Em outras palavras: missão cumprida. A dela. Boa viagem de volta à casa, Pórtia!

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Entrevista em vídeo (versão completa com 53 minutos)

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Entrevista em vídeo (versão reduzida com 13 minutos)

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