A ratazana, de Günter Grass

Falando em livros que não recomendo a ninguém, também quero desrecomendar A ratazana, um tijolo de mais de 400 páginas do Günter Grass, que li como quem curte uma azia ou uma má digestão. Fique longe dele, é muito pentelho. Você encontrará apenas as meditações de uma ratazana a explicar por que os ratos herdaram a Terra dos malditos humanos.

Parece interessante, mas não é. Os capítulos que narram os protestos dos personagens de contos de fadas — chapeuzinho vermelho, Lobo mau, João e Maria, etc. — contra a devastação ambiental da Floresta Negra, só pode empolgar mesmo a um militante do Green Peace. Não tem graça. Como alguém pode usar uma linguagem, que beira o desenho animado, sem humor? Tá doido, muito pé no saco.

Anos atrás, assisti a uma adaptação do livro O Tambor, do mesmo autor. O filme é muito interessante, embora já não me lembre com muita exatidão das peripécias do tal garoto que não cresce. Já o livro, se for tão seco e teutônico quanto A ratazana, tampouco me interessa.

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