O eterno retorno ao Centro

Minhas peregrinações pelo centro de São Paulo começaram em 1985, quando eu ainda ia completar 14 anos de idade. Eu e o Dante estávamos sempre inventando uma missão – comprar uma peça de reposição de autorama (Mabushi, Estrela, etc.), o disco de uma banda punk (Cólera, Inocentes, Garotos Podres, etc.), um relógio com joguinho, um tênis…

A teia

Sentado à mesa Sob a luz da luminária Não estou só. Tenho por companheira Uma aranha que busca insetos Como busco palavras. (BSB, 1993)

O Processo

Escrevo e tenho no meu colo Um anjo com feições andróginas Ele observa atentamente Cada palavra que jogo neste fundo. Sentado na ponta da escrivaninha, Há um demônio de ares femininos. Voluptuosa ela acaricia meus cabelos. Ela lê o mesmo que o anjo – Pelo avesso porém. Os três criamos …

A Bacante da Boca do Lixo

Todo aspirante a escritor que se preze já leu e já desejou ser Henry Miller. Para quem tem a cabeça de cima cheia de hormônios, a de baixo cheia de idéias e o quarto entulhado de literatura, nada mais atraente do que aquela vida intelectovagabunda com mil e um personagens fascinantes e uma mulher pirada para amar. To fuck, diria Henry… (Onde falo do dia em que assisti a uma peça do Zé Celso e etc.)

Back to Top