Yuri, varei a madrugada lendo as tuas crônicas. “O Marceneiro e o Poeta”, “O Rolex e o Celular” e, sobretudo, “A Bacante da Boca do Lixo” são memoráveis. Esta última me fez compreender as palavras do Prof. Olavo [de Carvalho] acerca da função da arte literária, isto é, proporcionar ao leitor a concepção de outras situações humanas que anteriormente não faziam parte de seu universo imaginário. E todas, sem exceção, também fizeram jus às palavras do mestre quando em um programa ou aula anterior, ele afirmou que nos teus textos reina uma certa musicalidade… isso ajuda a criar uma musicalidade interior nos leitores, um adestramento da escuta, cuja consequência é ter uma repulsa quase que imediata aos textos ruins que pululam por aí afora, inclusive, ou sobretudo, nas colunas de revistas e jornais de grande circulação. O prof. Olavo recomenda para os seus alunos a imitação de escritores legítimos como exercício de aprendizagem do idioma escrito. E cara, se Deus quiser, irei comprar todos os teus livros e te imitar para aprender a escrever devidamente. Não aprender para ser um ficcionista, isto definitivamente não é a minha praia. Mas escrever corretamente, com uma musicalidade e estilo agradável, digno de um futuro intelectual sério. Obrigado por disponibilizar os textos gratuitamente. Continue escrevendo e que Deus o abençoe.