O Rolex e o Celular
O Rolex e o Celular ou Como converter um cineasta de esquerda, durante um banquete de festival de cinema, às delícias de se compreender o valor da propriedade privada.
O Rolex e o Celular ou Como converter um cineasta de esquerda, durante um banquete de festival de cinema, às delícias de se compreender o valor da propriedade privada.
Talvez seja apenas um preciosismo de gente chata, mas não consigo deixar de me perguntar o porquê de o ministro da Igualdade Racial ter de ser sempre um negro. Um amigo de São Paulo me disse que conheceu um ótimo advogado, formado no Brasil, mas nascido no Irã. Aposto que …
Eu juro que não faço de propósito. É que eu sou assim mesmo, um cara meio esquisito. Digo isso porque, sempre que volto a conversar com o Cassius Pucci Cordeiro, diretor de fotografia do meu curta-metragem (Espelho), ele se recorda dessa história. A questão é que eu queria uma iluminação XYZ para nosso filme, cujo desenrolar tem como único cenário uma sala de cinema.
Sempre dou muita risada quando vejo o Erik Cartman, o gordinho do South Park, xingando alguém de hippie. (Isso sempre me lembra uma ex-namorada que, ao passear por feiras de artesanato, costumava reclamar: “Ai, que cheiro de hippie”.) O que eu nunca imaginei é que alguém chegaria um dia a …
O aspecto revolucionário do Second Life está em seu potencial, não naquilo que ele já é. (Um artigo sobre a realidade virtual — metaverso — que, apesar de crescer pouco, segue crescendo firme e forte, a despeito do que a imprensa vem noticiando.)
Serei sucinto. Fato: mais da metade dos eleitores brasileiros NÃO querem que o Lula se reeleja. Fato: a imensa maioria dos eleitores de Lula se encontra entre a parcela mais desinformada da população, que também é – e isso não é uma coincidência – a parcela mais pobre, a que tem menos acesso às mídias em geral e à educação. Fato: há muito intelectual, militante e agitador por aí também, mas são uma minoria se comparados ao grosso desses eleitores. Fato: por mais que a classe média tenha empobrecido, ela ainda é a dona do voto de Minerva.
Outro pensamento que me assolou durante todo o trajeto foi: qual será a resolução do mundo? Digo, a resolução gráfica, porque é tudo tão bem definido. A gente vê os mínimos detalhes das flores e das árvores, uma coisa fascinante.
Montes de peregrinos lavando a poeira e o cascão de centenas de quilômetros de andanças, corpos sendo cremados às margens (a cinza voando em direção às águas), gente comendo e molhando a comida na água, provavelmente muita gente urinando porque – puts, grila – não é possível que mijem nas piscinas de Caldas Novas e centenas de milhares de pessoas não mijem no Ganges.
Após me deparar com tantos escrivinhadores confessio(ba)nais, com tantos vomitadores de surubas existenciais, com tanta gente que não conhecia a necessidade de, arriscando-se a cair no abismo, sempre dar ainda outro passo para atrás e só então verdadeiramente apreciar e apreender um quadro geral da existência digno de ser narrado , desenvolvi um reflexo condicionado bastante comum: cada vez que me falavam dum suposto “novo autor”, sacava minha pistola.
Toda invenção humana não almeja outro fim senão a vitória sobre as limitações impostas pelo tempo e pelo espaço. E sei que não preciso citar muitos exemplos para provar tal afirmação. Uma simples meditação sobre os artefatos tecnológicos que nos cercam já constitui uma fonte de indícios demasiado ampla. Até …
Qualquer um que tenha contato com o livro do Monteiro Lobato percebe que a auto-suficiência em petróleo brasileira, caso a exploração não tivesse sido monopolizada pelo Estado, já teria sido alcançada há pelo menos trinta anos.
Se você é da sociedade, se você faz parte dela, mais dia menos dia estará atrás das grades, sejam estas grades as da sua casa ou prisão, sejam elas as das fronteiras do seu estado, cidade ou país, sejam elas as dos limites do que pode ser pensado, criado, informado, expressado, consumido…