O machista feminista

Tempos atrás participei de um encontro literário na Casa Mário de Andrade, em São Paulo, onde, ao longo de uma semana, debati com outros autores as perspectivas da literatura brasileira neste novo milênio. Foi lá que, entre outros, conheci pessoalmente Elisa Andrade Buzzo, Luis Eduardo Matta, Miguel Sanches Neto, André …

Amor e tempo

Um dos trechos do livro de Carl Sagan que mais me impressionaram, e de que jamais me esqueci, foi a dedicatória à sua esposa: “Para Ann Druyan — Diante da vastidão do espaço e da imensidade do tempo, é uma alegria compartilhar um planeta e uma época com Annie”.

Teologia da maconha (um conto BASEADO em fatos reais)

— A gente devia ir agora no Facebook e confessar pra todo mundo que somos dois coxinhas ex-malucos que voltaram a cair na tentação da maconha, que agora até corremos o risco de apanhar do Capitão Nascimento, de saco plástico na cabeça e tudo: “São vocês, da direita religiosa doidona, que financiam essa merda!”.

A menina branca

Já as postagens sobre bichos — ah! — essas causavam grande impacto e comoção. Edgar chegava a se perguntar se seus amigos viam o sofrimento humano como algo merecido — como uma espécie de castigo inexorável por comermos salaminhos inofensivos e mortadelas indefesas — ou se, pelo contrário, esses mesmos amigos — pressupondo que todos os humanos são animais — já incluíam automaticamente nesses protestos a indignação pelo assassinato de tantos de nossos semelhantes.

O pecado favorito

— Você já assistiu ao filme “O Advogado do Diabo”? — Aquele com o Al Pacino? — Esse mesmo. — Já vi. Por quê? — Lembra qual a declaração final do Diabo? — Claro: “A vaidade é definitivamente o meu pecado favorito”. — Pois é, acho que o pecado favorito …

Libertários, estatistas, Friends, Jivago e Islã

Considero o Estado um tipo de gesso sobre o esqueleto fraturado da sociedade. Por quê? Ora, o que torna as relações viáveis numa sociedade é a confiança mútua entre os humanos. Presentemente ainda há ruptura, não há nexo pleno entre os indivíduos, somos quase todos, em graus diversos, estranhos um ao outro – muitas vezes dentro da própria família – daí a desconfiança geral.

Sobre o aborto e a jaca

Na minha singela opinião, a questão da lei sobre o aborto, no fundo no fundo, é tão somente uma questão de crença e de honestidade intelectual. E me refiro não apenas à crença dos religiosos que o combatem, mas também à daqueles que acreditam completamente, que têm plena fé, de que a vida não é senão um amontoado, dos mais complexos, de reações físico-químicas.

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