O xixi do vizinho
Saiba como foi minha treta, ao estilo novela das sete em bairro italiano, com uns vizinhos de São Paulo.
Saiba como foi minha treta, ao estilo novela das sete em bairro italiano, com uns vizinhos de São Paulo.
Minhas peregrinações pelo centro de São Paulo começaram em 1985, quando eu ainda ia completar 14 anos de idade. Eu e o Dante estávamos sempre inventando uma missão – comprar uma peça de reposição de autorama (Mabushi, Estrela, etc.), o disco de uma banda punk (Cólera, Inocentes, Garotos Podres, etc.), um relógio com joguinho, um tênis…
Todo aspirante a escritor que se preze já leu e já desejou ser Henry Miller. Para quem tem a cabeça de cima cheia de hormônios, a de baixo cheia de idéias e o quarto entulhado de literatura, nada mais atraente do que aquela vida intelectovagabunda com mil e um personagens fascinantes e uma mulher pirada para amar. To fuck, diria Henry… (Onde falo do dia em que assisti a uma peça do Zé Celso e etc.)
Choque de Civilizações? Não, choque de textos, as civilizações já estão desarticuladas há muito, mas seus núcleus ainda vagam por aí. O mundo deve se preparar, portanto, para o próximo upgrade…
Em vista das diatribes do Deputado Roberto Jefferson, recheadas dum coquetel de grandes omissões e terríveis verdades, decidi parafrasear uma crônica que escrevi meses atrás que descreve a mesmíssima situação com pequena variação de personagens.
Um texto em ideogramas é de leitura universal e – posso estar falando besteira – talvez não fosse necessário atribuir aqueles sons inescrutáveis (chi, sin, li, kun ou o que quer que seja) a cada um deles, mas simplesmente palavras (idéias) em português.
Na verdade, quanto mais dementados existirem numa nação, mais apelos insidiosos serão emitidos ao coração do povo. Mas uma vida política sã só se dará no contato lúcido das mentes. E se a mente é serva do coração, este, por sua vez, não deveria pertencer a ninguém deste mundo.
Ir a uma oficina mecânica da periferia de São Paulo é uma experiência das mais pitorescas. Bem, ao estilo de Francis Bacon…
O primeiro telefone celular a gente nunca esquece. O primeiro que usei na vida não era meu. Foi em 1995 e o celular pertencia ao cineasta Nélson Pereira dos Santos…
Saiba como foi assistir ao filme O Exorcista, na Casa do Sol, acompanhado pela escritora Hilda Hilst, pelo poeta, ex-professor de Oxford e ex-presidiário da ilha do diabo inglesa, Bruno Tolentino, e mais quinze cães. (Agradeço ao J.Toledo e ao Zuenir Ventura por me convencerem de que minha memória não deve nada a ninguém.)
Georges Simenon escreveu, ao todo, “75 romances e 28 contos com seu mais célebre personagem (Maigret), além de 120 romances psicológicos, 200 romances populares, alguns livros de memórias e inúmeros artigos jornal”.(!!!)
Outro dia, enquanto ainda preparava o novo visual do meu saite, minha irmã, que é arquiteta, veio me visitar. Perguntei-lhe: gostou da minha caricatura? E ela: “humm… gostei… mas por que você está sentado em cima de uma banana?” Banana!! Ouh, Djísus!!!